data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Karohelen Dias (CVSM)
Na primeira sessão ordinária após o recesso parlamentar, os vereadores tiveram uma agenda extensa de pautas, que passou por aprovação de projetos importantes para o desenvolvimento da cidade até a análise e votação de denúncia contra o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB). Depois de pouco mais de duas semanas, os vereadores retornaram ao Legislativo para discutir e votar seis demandas.
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Uma das principais pautas aprovadas foi o Projeto de Lei Complementar que, agora, garante a implantação de um conjunto residencial vertical destinado a ser a vila militar, no Bairro Caturrita. A aprovação da proposta altera o Plano Diretor do município e incentiva ainda mais a vinda da ESA para Santa Maria - todas as emendas foram retiradas, sendo aprovado somente o projeto original do Poder Executivo. Também seria votado o projeto que dispõe sobre a proteção do Patrimônio Histórico e Cultural da cidade. A preservação e a proteção dos bens materiais e imateriais é o objetivo da proposta.
DENÚNCIA
Apesar de ter uma base minoritária no Legislativo, o governo do prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) conseguiu, ontem, barrar uma comissão processante contra o chefe do Executivo por prática de infração político-administrativa. Bastava que a maioria simples dissesse "sim" pela tramitação da denúncia, mas, apenas cinco vereadores foram favoráveis, enquanto 16 votos rejeitaram a denúncia.
O líder da oposição, vereador Pablo Pacheco (PP), afirma que encaminhará a denúncia ao Ministério Público (MP), já que, no seu entendimento, a própria ação do governo comprovou que havia ilegalidades.
_ Infelizmente foi uma decisão política, em que vereadores foram acuados. O governo não tem cheque em branco para praticar irregularidades.
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Advogado do prefeito Jorge Pozzobom, Daniel Tonetto afirma que tinha certeza do desfecho:
_ Eu tinha certeza que a decisão seria essa. Houve bom senso dos vereadores, pois nunca foi praticada nenhuma irregularidade, já que o prefeito sempre prezou pelo bem e pela saúde da população.
Conforme denúncia feita por João Vitor de Oliveira Andrade, além de irregularidade na contratação e manutenção dos profissionais após expirado o prazo máximo da contratação temporária, houve tentativa de burlar o Regime Jurídico Únicos dos servidores públicos. Devido às supostas irregularidades, em tese, por prática de infração político-administrativa, é pedida a cassação de Pozzobom.
"Não contar com farmacêuticos seria omissão", diz secretário de Saúde
No epicentro das denúncias acerca das contratações de profissionais da saúde, entre eles as de farmacêuticos, o secretário de Saúde, Guilherme Ribas, comemorou o que ele definiu como "sensatez" por parte do Legislativo. Ribas, que está à frente da pasta e na condução do processo de imunização dos santa-marienses, reforçou a legalidade e, principalmente, o interesse público ao realizar a contratação dos profissionais da saúde:
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_ No que diz respeito às contratações em questão, a prefeitura sempre se pauta pela legalidade e primazia do interesse público, ainda mais no contexto da pandemia, que se exige do administrador a efetividade e a busca por soluções concretas para os enormes desafios apresentados. Não contar com farmacêuticos neste momento significaria não haver dispensação de medicamentos para a população, o que seria uma omissão por parte do município que tanto zela pela defesa da vida. Desta forma, as diversas leis e decretos que visam o combate a pandemia são instrumentos adequados para a vivenciada situação de emergência, buscando que fossem disponibilizados à população serviços necessários e urgentes para a preservação da saúde e da vida das pessoas.
Ribas, no primeiro semestre deste ano, compareceu à Câmara de Vereadores acompanhado de integrantes da pasta para dar explicações quanto à forma que a prefeitura tem conduzido o processo de imunização da sociedade.
A VOTAÇÃO
Veja, abaixo, como cada parlamentar se posicionou:
SIM
- João Ricardo Vargas (PP)
- Pablo Pacheco (PP)
- Roberta Leitão (PP)
- Tony Oliveira (PSL)
- Tubias Calil (MDB)
NÃO
- Admar Pozzobom (PSDB)
- Adelar Vargas (MDB)
- Alexandre Vargas (Republicanos)
- Anita Costabeber (PP)
- Danclar Rossato (PSB)
- Getúlio de Vargas (Republicanos)
- Givago Ribeiro (PSDB)
- Lorena dos Santos (PSDB)
- Luci Duartes (PDT)
- Manoel Badke (DEM)
- Marina Callegaro (PT)
- Paulo Ricardo (PSB)
- Ricardo Blattes (PT)
- Rudys Rodrigues (MDB)
- Valdir Oliveira (PT)
- Werner Rempel (PC do B)